terça-feira, fevereiro 21, 2006

ainda Cézanne

"Old Woman with Rosary" »» Paul Cézanne
Esperei durante meia hora que terminasse todas as contas, crescendo a ansiedade à medida que a melodia se construía entre assobios ligeiros e murmúrios compassados. Alguma coisa na forma como agarrava o terço me dizia que a espera não era em vão. Não, não era fé, era algo bem menos ambíguo, uma espécie de energia universal, talvez o mesmo tipo de força que une os pássaros ao céu. Esperei até que a touca branca rodasse e se orientasse na minha direcção. Os olhos eram dourados, de uma luminosidade que eu nunca vi… ou seriam apenas um espelho dos girassóis na parede oposta da sala?

4 comentários:

frosado disse...

"Quando a mente viaja"

- Oh mentes (in)clementes, trementes, tu mentes? Nem tentes!
- Sim, mas só nas noites dolentes dos entes contentes...e também, quando uma "touca branca se orienta na minha direcção"!

Lu disse...

Nossa Fátima, isso é quase um "repente"! Conheces?
Beijoca

Meu amigo querido! Que bom que voltastes!

Vítor Leal Barros disse...

oh fátima explique-se lá que entre entes, contentes e repentes, eu perdi-me completamente(s)..hehehe

voltei sim... trataram-te bem? penso que o carlos não deixou que te encostassem um dedo...(hehehe) portanto penso que posso ficar descansado

Dinamene disse...

É assim, Vítor, eheh!
Bom regresso, ao que vejo...
Abraço aos dois.