quarta-feira, dezembro 23, 2009

Um Natal de muita paz

Poema de Natal


Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.


Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.


Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.


Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.

Vinícius de Moraes

Feliz Natal

Merry Christmas, Shi Jinsong

Se há coisa que me faz feliz no Natal é a capacidade que esta festa tem de agregar as pessoas e torná-las generosas. É com um grande sorriso que vos desejo a todos um Natal muito feliz! Bem hajam!

Um beijo muito querido e especial para a minha Luciana, que amo muito e de quem tenho muitas saudades. Há três anos, faltavam poucos dias para poder dar-te aquele abraço 'in loco', mas escuta, este que envio hoje é ainda mais forte e apertado apesar da distância. Um Natal muito feliz para ti, minha querida, e para toda a tua família, em especial para a tua mãe e para o João que lembro sempre com muito carinho.

segunda-feira, dezembro 21, 2009

Again

Life is a repetition. We just get more tired everytime we live same things over and over. Survivers are those, who even tired, try to see some beauty spot where is no beauty at all. That is only a question of uncondiciotional love for life, not a question of trust and hope.

Archive, Again

domingo, dezembro 20, 2009

Technology

Carl Craig & Les siècles Orchestra, Technology

terça-feira, dezembro 01, 2009

sublinhado (75)

'Não sabemos nada de nós próprios. Falamos sempre sobre os nossos desejos, e tentamos esconder-nos desesperadamente e inconscientemente. A vida torna-se quase interessante, quando já aprendeste as mentiras das pessoas, e começas a desfrutar e a notar que dizem sempre uma coisa diferente daquilo que pensam e querem realmente... Sim, um dia chega o reconhecimento da verdade:e isso significa a velhice e a morte.' (pág. 142)
in As velas ardem até ao fim (Dom Quixote), Sándor Márai


Posso dizer que foi um dos livros mais arrebatadores que li nos últimos anos. Uma completa e emocionante surpresa. Entra para o lote dos livros que falam intimamente como se estivessem a descobrir os nossos próprios segredos.

We can all be free, maybe not with words

Cat Power, Maybe Not