Uma vez escrevi que tinha aberto a porta que iria mudar a minha vida. Foi em Janeiro de 2007, neste mesmo blogue. Passaram mais de dois anos e essa porta, uma porta real (não era de todo uma metáfora), continua aberta a todos os que por ela querem entrar ou que, de algum modo, se sentem convidados a fazê-lo.
Num final de tarde com pouco movimento, quando as tarefas se encontram concluídas e organizadas, abro as janelas do escritório e deixo-me levar pela melodia da cidade. Gosto desta rua, do burburinho das pessoas, dos gritos das gaivotas, dos ensaios da estudante de violino duas casas acima, da kizomba da galeria africana, da happy hour dos estrangeiros no supermercado do senhor do Bangladesh. É bom trabalhar aqui.