30 de janeiro é o Dia da Saudade.
Do latim, solìtas, átis 'unidade, solidão, desamparo, retiro'; der. do lat. sólus, a, um 'só, solitário.
Essa palavrinha manhosa, tinhosa, cujo significado traz, para quem a sente, um pontinha de dor sem deixar de lado a lembrança do sorriso, do prazer só existe na Língua Portuguesa. Claro que existem expressões equivalentes em outros idiomas, mas sem a inteireza, sem a carga poética que empregamos pelas bandas de cá.
Assim a define o Houaiss:
“Sentimento mais ou menos melancólico de incompletude, ligado pela memória a situações de privação da presença de alguém ou de algo, de afastamento de um lugar ou de uma coisa, ou à ausência de certas experiências e determinados prazeres já vividos e considerados pela pessoa em causa como um bem desejável (freq. us. tb. no pl.)”.
Chega de Saudade
(Tom Jobim e Vinícius de Moraes)
Vai minha tristeza
E diz a ela que sem ela não pode ser
Diz-lhe numa prece
Que ela regresse
Porque eu não posso mais sofrer
Chega de saudade
A realidade é que sem ela
Não há paz não há beleza
É só tristeza e a melancolia
Que não sai de mim
Não sai de mim
Não sai
Mas, se ela voltar
Se ela voltar que coisa linda!
Que coisa louca!
Pois há menos peixinhos a nadar no mar
Do que os beijinhos
Que eu darei na sua boca
Dentro dos meus braços, os abraços
Hão de ser milhões de abraços
Apertado assim, colado assim, calado assim,
Abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim
Que é pra acabar com esse negócio
De você viver sem mim
Não quero mais esse negócio
De você longe de mim
Vamos deixar esse negócio
De você viver sem mim
1 comentário:
e eu tenho muitas tuas
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