sexta-feira, janeiro 09, 2009

é o que é

Hoje li um texto de um amigo no qual ele se perguntava sobre a volatilidade das relações humanas. Notei-lhe uma nostalgia no discurso, como se por períodos de tempo tivesse criado um laço extremamente forte com alguém e hoje, apesar do carinho e da memória (daí a nostalgia), essa mesma pessoa pura e simplesmente não existisse na sua vida.
A única coisa que me ocorreu dizer-lhe foi que a vida é tal e qual uma peça de teatro. Existe o palco e existem os actores. Existe cena e cenário que se sucedem repetidamente. Existem todos os tipos de registo, do cómico ao trágico, do sádico ao hedonista. Os actores vão entrando e saindo de cena. Alguns deles persistem dumas para outras, avançam acto após acto, outros entram por segundos e saem imediatamente do quadro, mas só um permanece naquela peça em específico. Esse um sou eu, é ele, é cada um de nós na sua respectiva peça… até ao dia em que o electricista resolva apagar as luzes do palco e a acção passe a ser outra coisa qualquer que não cabe nesta metáfora.
Não há nostalgia, é pura e simplesmente a mecânica da vida.

1 comentário:

Luciana Melo disse...

Meu amor,
Estou passando por um processo semelhante ao do teu amigo... como sempre essa nossa sintonia causa-me assombro... tuas palavras encontraram um lugar para repousar aqui na minha cabeça, contudo, não descarto que há muito de nostalgia.
Beijo.