O animismo era, para Hudson, o intenso amor pelo mundo visível e a ausência do pensamento. De repente, pareceu-me que, neste aspecto, nunca tinha existido um autor mais próximo de Walser do que Hudson, pois convinha não esquecer que, em Walser, tanto a descrição do seu eufórico amor pelo mundo visível eram primordiais, como - herança dos últimos romances - a sua absoluta certeza acerca da superficialidade da palavra. (pág. 201)
Doutor Pasavento (Teorema), Enrique Vila-Matas
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