Eu sabia que de alguma forma Roma e Budapeste se encontravam ligadas. Algum tempo antes da viagem perguntavam-me o porquê dessas duas cidades em simultâneo... eu não soube responder, ou subscrevi a razão à intuição, exclusivamente. Do alto de Tivoli começaram as respostas. Enquanto deixávamos que o vento e o barulho constante da água nos revelassem os segredos da paisagem, imaginei Liszt sentado no mesmo balcão da Vila d’Este lutando contra um vento mais novo que tentava roubar-lhe as folhas dos Giochi d'Acqua. Imaginei que talvez alguns passeios pela Vila Adriana ao final da tarde, onde o cantar das cigarras é constante, pudessem ter pautado algumas das suas composições. Imaginei como seria a vida do abade Liszt longe de Weimar e da sua Budapeste, perdendo-se pelos jardins e fontes do grande palazzo.
É como se esta música que agora ouço, no caminho de retorno a Roma, me anunciasse os segredos de uma Budapeste por chegar. E me dissesse que os olhos que agora descansam tranquilos sobre o meu ombro serão os mesmos a mostrar-me como se deita o sol sobre o Danúbio.
É como se esta música que agora ouço, no caminho de retorno a Roma, me anunciasse os segredos de uma Budapeste por chegar. E me dissesse que os olhos que agora descansam tranquilos sobre o meu ombro serão os mesmos a mostrar-me como se deita o sol sobre o Danúbio.
no caminho de volta de Tivoli para Roma, 9 de Julho de 2006
Concerto para Piano nº1, Quasi Adagio, Ferenc Liszt
3 comentários:
que bom que estás a gostar!
ou no dia 26 ... :), apareces?
não sei...vai ser dificil ... mas vou ver o que dá para fazer...
um beijo
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