quarta-feira, janeiro 24, 2007

a história que te conto (2)

e vivo os melhores anos
da minha vida na certeza
de que se partires haverá
sempre céu entre nós; e
quando olhar uma pedra
no chão, ou a porta bater,
ou este vento frio de inverno
me queimar a face como
o fez hoje, saberei que é
a tua boca que me beija.
se levares o teu corpo para
longe, se o roubares de mim,
a minha alma será sempre o
reflexo exagerado dos teus olhos:
se sorrirem ela dará gargalhadas,
se chorarem ela morrerá de
tristeza. antes de me seres
já o eras, e eu amava-te…
como te amava! do que é teu
só o meu amor me pertence,
nada mais. o teu corpo
não é propriedade minha,
nem o teu coração, nem
o teu amor. nem o teu amor.
se partires ficará a saudade
do teu cheiro a lembrar-me
continuamente como sou feliz.
porque amar-te é lavar-me dia
após dia a alma, mesmo que
o meu corpo não se vista de ti e
os meus olhos não te alcancem.

1 comentário:

Luciana Melo disse...

"nem o teu amor". Eu entendo isso tão bem...