Talvez a mão marcada no rosto, desenhada a vermelho pelo sangue estimulado, seja preferível. Ela possui ascendência sobre a memória e num espasmo a vida encarrega-se de viajar ao presente. Quanto ao não-dito, é ridículo e estranho pensar que o que não foi pode tornar-se na dor crónica que acompanha o silêncio. Como tu, e apesar da luta pela decisão, talvez eu também não consiga gritar sem ver um rosto. Mas fala-me de esperança e amor, de sonho e utopia, porque entre a virtualidade do que não foi ou a do que há-de vir, prefiro alimentar a alma com os silêncios do futuro.
quinta-feira, fevereiro 02, 2006
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