E na intensidade de um abraço apercebemo-nos do tempo que tínhamos perdido, das horas que menosprezamos, dos minutos que não sentimos vivos. Durante anos fugimos da vida, como se escapar fosse o único antídoto ao desígnio de ser feliz. Num abraço, deixamos que o veneno percorresse todo o corpo, que o amor inundasse cada poro, cada célula, deixamos que a eternidade se apossasse do espírito. Irreversivelmente condenados a partilhar a mesma alma, aceitamos, sem mais porquês, os fundamentos do destino. E a vida? A vida tornou-se leve como uma nuvem em Agosto.
quarta-feira, fevereiro 08, 2006
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3 comentários:
leve como uma nuvem em Agosto :)
como uma nuvem... a vida...
e o abraço, não traz o sol?!
sempre profundas e tocantes, as tuas palavras têm cores de muitas cores :)
obrigada *
Parece que agosto é o mês das grandes revelações, querido... lindo teu texto.
Ah, Vítor,
eu que conheço um abraço bem assim,
que sei da predestinação em compartilhar eternamente uma alma,
posso me sentir predestinada:
à felicidade sem nuvens em abril.
Abraços, me identifiquei demais com teu texto.
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