O azul de seus olhos esconde o mar revolto em seu peito. Eu não me engano com a transparência dessas águas, elas poderiam engolfar o mais remoto dos pensamentos.
O suposto equilíbrio repousa no fio da navalha, uma escorregadela e o diapasão produzirá sons eternamente distorcidos.
Desvio meus olhos daquela imensidão azul e repouso meu ouvido no seu peito – rochedo que ampara as investidas das ondas.
No momento, tudo o que posso fazer é ouvir o líquido dissolvendo o concreto.
O suposto equilíbrio repousa no fio da navalha, uma escorregadela e o diapasão produzirá sons eternamente distorcidos.
Desvio meus olhos daquela imensidão azul e repouso meu ouvido no seu peito – rochedo que ampara as investidas das ondas.
No momento, tudo o que posso fazer é ouvir o líquido dissolvendo o concreto.
3 comentários:
o líquido dissolvendo o concreto...
rochedo que ampara a investida das ondas...
e onde estás tu? quem és? és um pássaro, uma gaivota que se encosta à rocha?
um dia serás também o mar :)
eu nunca vi o mar dessa forma, nem os olhos, nem o azul, nem o peito, nem mesmo a imensidão :)
tão bonito, este texto, tão bonito
Vê como a vida é surpreendente, querida Agripina... esse texto tem gosto de lágrima, um pouco ácida, é fato, mas aí vem você enxergando beleza... Obrigada.
Beijos
quando eu era pequenina lembro-me de querer chorar para poder provar as minhas lágrimas :) e a vida é sempre assim, esse misto de tristeza e de alegria :)
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