E, com efeito, se só por todos os outros éramos o que éramos, dos outros dependia a nossa identidade, e eles eram livres de não a reconhecerem, de a contestarem, de trocarem-na por outra, ou de firmemente no-la recusarem. A identidade era como um passaporte provisório para sermos, que podia durar a vida inteira e mesmo para além da morte, se isso conviesse aos outros, e apenas enquanto lhes conviesse. (pág. 405)
Sinais de Fogo (Público), Jorge de Sena
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