Dos quadros de Giorgione e Da Vinci nascem olhares indecifráveis. Não consigo avaliar-lhes correctamente a expressão; entre o desespero, a agonia e a desconfiança de La Vecchia, ou a androginia, o despeito e a ironia do João Baptista de Da Vinci, surge-me uma quantidade tal de outros adjectivos, que se os enumerasse, este texto chegaria com dificuldade a um fim.
Após ter publicado no blogue o quadro de Da Vinci reparei que as duas obras distam uma da outra cerca de dez anos e que o diálogo entre elas não se resume à sua contemporaneidade. A posição das mãos por exemplo: ambas indicam ou apontam qualquer coisa, no quadro de Giorgione a mulher aponta o indicador ao coração, a figura híbrida de Da Vinci aponta a cruz ou o céu, ou as duas coisas em simultâneo. As semelhanças continuam: em ambos a luz concentra-se nos personagens e há um enegrecimento total do espaço que os envolve; há um manto caído sobre o ombro direito da mulher (Giorgione) e um outro, caído sobre o braço direito do João Baptista (Da Vinci); os dois personagens seguram um objecto na mão que aponta… enfim, uma série de outras semelhanças para além destas, de que, as duas rugas vincadas no pescoço dos dois personagens, poderiam ser mais um exemplo.
Entre tantas coincidências resolvi instruir-me e aprender com quem percebe muito do assunto. Peguei no Argan e no Benévolo há procura de uma análise detalhada sobre os ditos quadros, mas pouco tenho encontrado (pelo menos na bibliografia que tenho cá por casa, que apesar de não ter as proporções desejáveis não deixa de ser generosa). De Giorgione há análises da Tempestade, do Concerto Campestre, da Vénus e da Judite, mas de La Vecchia nada… de Da Vinci, o mesmo em relação à Última Ceia (ainda por cima está na moda!), da Gioconda, da Adoração dos Magos, da Virgem dos Rochedos, mas do João Baptista, idem, idem, aspas, aspas. Enfim, motivos atrás de motivos para aguçar a curiosidade. Se alguém tiver informação para partilhar ou quiser continuar apenas a debater o assunto, eu adoraria…
Após ter publicado no blogue o quadro de Da Vinci reparei que as duas obras distam uma da outra cerca de dez anos e que o diálogo entre elas não se resume à sua contemporaneidade. A posição das mãos por exemplo: ambas indicam ou apontam qualquer coisa, no quadro de Giorgione a mulher aponta o indicador ao coração, a figura híbrida de Da Vinci aponta a cruz ou o céu, ou as duas coisas em simultâneo. As semelhanças continuam: em ambos a luz concentra-se nos personagens e há um enegrecimento total do espaço que os envolve; há um manto caído sobre o ombro direito da mulher (Giorgione) e um outro, caído sobre o braço direito do João Baptista (Da Vinci); os dois personagens seguram um objecto na mão que aponta… enfim, uma série de outras semelhanças para além destas, de que, as duas rugas vincadas no pescoço dos dois personagens, poderiam ser mais um exemplo.
Entre tantas coincidências resolvi instruir-me e aprender com quem percebe muito do assunto. Peguei no Argan e no Benévolo há procura de uma análise detalhada sobre os ditos quadros, mas pouco tenho encontrado (pelo menos na bibliografia que tenho cá por casa, que apesar de não ter as proporções desejáveis não deixa de ser generosa). De Giorgione há análises da Tempestade, do Concerto Campestre, da Vénus e da Judite, mas de La Vecchia nada… de Da Vinci, o mesmo em relação à Última Ceia (ainda por cima está na moda!), da Gioconda, da Adoração dos Magos, da Virgem dos Rochedos, mas do João Baptista, idem, idem, aspas, aspas. Enfim, motivos atrás de motivos para aguçar a curiosidade. Se alguém tiver informação para partilhar ou quiser continuar apenas a debater o assunto, eu adoraria…
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