Ancorou seu corpo junto ao meu. Depois de ficar imóvel por um tempo, tentou com imensa dificuldade dirigir-se ao tombadilho.
Observando a lentidão dos seus movimentos e o vazio no olhar, tomei-lhe as mãos cuidadosamente; tive medo que ele quebrasse ao meu toque, estilhaçasse em mosaicos indescritíveis e impossíveis de juntar.
Não relutou em segurar a bóia que lancei. Agarrou-a com vontade e debruçou-se entregue ao resgate.
Não rompi seu silêncio. Ofereci meu porto até que, por si só, ele também descubra a viração, a vibração da vida.
Observando a lentidão dos seus movimentos e o vazio no olhar, tomei-lhe as mãos cuidadosamente; tive medo que ele quebrasse ao meu toque, estilhaçasse em mosaicos indescritíveis e impossíveis de juntar.
Não relutou em segurar a bóia que lancei. Agarrou-a com vontade e debruçou-se entregue ao resgate.
Não rompi seu silêncio. Ofereci meu porto até que, por si só, ele também descubra a viração, a vibração da vida.
2 comentários:
talvez os momentos mais felizes da minha vida, tenham sido aqueles em que fui o ancoradouro da alma de alguém... intenso este texto
Não sei bem ao certo, Vítor, mas parece que há um desígnio de cais na minha alma. Beijo.
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