Não posso apagar-me. Não posso retirar-me para dentro de mim. Existo, fora de mim e em toda a parte do mundo; não há um palmo do meu caminho que não desemboque no caminho de outrem; não há nenhuma maneira de ser que me possa impedir de extravasar de mim a cada instante. Esta vida que teço com a minha própria substância oferece aos outros homens mil facetas desconhecidas, atravessa impetuosamente o seu destino. (pág. 122)
O Sangue dos Outros (Público), Simone de Beauvoir
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