quinta-feira, novembro 02, 2006

Confessionário (34)

Sei que devia esperar uma resposta tua, mas isto é também uma ‘nota de rodapé’.
Hoje reli a última carta que te escrevi uma meia dúzia de vezes. Sempre que terminava a leitura obrigava-me a dizer em voz alta: eu acredito realmente nisto, eu acredito verdadeiramente nisto… queres saber Lu? já não sei nada, minha amiga, como o filósofo…
Talvez o teu grito de revolta, o pontapé na mesa e a vontade de virá-la ao contrário seja um acto de grande coragem e não uma fuga de ti própria como eu tive pretensão de afirmar. Talvez a lucidez esteja contigo… porque há dias em que também eu acho que o mundo à nossa volta é indigno de ser amado.
É minha querida, é bem assim como disseste: ‘Eu sempre pude mesmo quando não podia nada.’ E tudo para nada Luciana, tudo para absolutamente nada…
Um beijo,
Teu Vítor.

1 comentário:

Lu disse...

Meu tão querido amigo, quantas vezes pensas que li tua resposta? Muitas e muitas. Estou respondendo, cada dia lembro de uma coisa e vou acrescentando, em breve publico, em breve mesmo senão vai deixar de ser uma carta e virará um livro :))
Tua Lu