As aparências enganam
(Tunai e Sérgio Natureza)
As aparências enganam aos que odeiam e aos que amam
Porque o amor e o ódio se irmanam na fogueira das paixões.
Os corações pegam fogo e depois não há nada que os apague.
Se a combustão os persegue, as labaredas e as brasas são
O alimento, o veneno e o pão, o vinho seco, a recordação.
(Tunai e Sérgio Natureza)
As aparências enganam aos que odeiam e aos que amam
Porque o amor e o ódio se irmanam na fogueira das paixões.
Os corações pegam fogo e depois não há nada que os apague.
Se a combustão os persegue, as labaredas e as brasas são
O alimento, o veneno e o pão, o vinho seco, a recordação.
As aparências enganam aos que odeiam e aos que amam
Porque o amor e o ódio se irmanam na geleira das paixões.
Os corações viram gelo e, depois, não há nada que os degele.
Se a neve, cobrindo a pele, vai esfriando por dentro o ser
Não há mais forma de se aquecer, não há mais tempo de se esquentar
Não há mais nada pra se fazer senão chorar sob o cobertor
As aparências enganam aos que gelam e aos que inflamam
Porque o fogo e o gelo se irmanam no outono das paixões.
Os corações cortam lenha e, depois, se preparam pra outro inverno.
Mas o verão que os unira, ainda, vive e transpira ali
Nos corpos juntos na lareira, na reticente primavera,
No insistente perfume de alguma coisa chamada amor.
1 comentário:
este poema na voz da Elis é qualquer de fantástico
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