"Admirável também nunca a ter ouvido dizer mal de ninguém, nem bem, de resto, por simples conveniência social. Nunca lhe surpreendeu na voz ponta de irritação ou troça, nem mesmo de solicitude excessiva; fala com as crianças sem entoações infantis. Admirável sobretudo para um homem que cedo me ensinará que só se pode discutir inteligentemente com amigos e sobre subtilezas, a total ausência de argúcias inúteis, de contradições sempre tão obtusas como um prefeito de colégio contradito, do azedume que sai num Sim, mas, ou num Mas não lhe parece que...? Também não há recusa nos seus silêncios." (pág. 89)
O quê? A Eternidade (Difel), Marguerite Yourcenar
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