quinta-feira, setembro 28, 2006

Amor, hoje teu nome
a meus lábios escapou
como ao pé o último degrau…

Espalhou-se a água da vida
e toda a longa escada
é para recomeçar.

Desbaratei-te, amor, com palavras

Escuro mel que cheiras
nos diáfanos vasos
sob mil e seiscentos anos de lava

– Hei-de reconhecer-te pelo imortal
silêncio.

Cristina Campo
O Passo do Adeus (Assírio & Alvim)
Trad. José Tolentino Mendonça

1 comentário:

Vítor Leal Barros disse...

há muitas coisas que não entendo...uma delas é ninguém ter comentado este poema...