Fomos nós que inventámos a distinção entre a justiça e a caridade. É fácil compreender porquê. A nossa noção de justiça dispensa aquele que possui de dar. Se ele dá não obstante, crê sentir-se satisfeito consigo mesmo. Pensa ter feito uma boa obra. Quanto àquele que recebe, consoante o modo como entende essa noção, ou esta o dispensa de toda a gratidão, ou o constrange a agradecer de forma indigna. (pág. 147)
Espera de Deus (Assírio & Alvim), Simone Weil
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