Vítor, tens acompanhado o longo intervalo de (no tempo e espaço) mudez e silêncio. Conheces-me tão bem que não preciso justificar a ausência das minhas palavras.
Há muitos hábitos aos quais nos acostumamos. Fomos socializados de uma maneira tão violenta que até quando somos capazes de nos livrar dos costumes e nos apropriarmos da nossa liberdade criativa, nos sentimos subtraídos de algo.
Jung tenta explicar esse psquismo através dos símbolos, do mito, da religião. Ele afirma que somos capazes de chegar à individuação sem nos sentirmos em dívida com nossa “herança psíquica”.
Não, meu querido. Não acredito que amar seja um desses hábitos (embora muita gente consiga esse absurdo!). Amar é um exercício fecundo de criação e recriação. É preciso renovar-se para amar e ser amado.
Ontem, após reler tantas vezes tua ‘carta’, eu me permiti chorar, me permiti ser misérrima, me permiti a fraqueza, o cansaço. Nesse pranto, busquei o colo daquele que tanto amo, daquele que não usa minha fraqueza para mostrar-se forte.
Vítor, ontem conheci a face de Ágape. E isso, meu amigo, foi um encontro numinoso. Há quem viva toda existência e não passe por essa experiência libertadora/libertária.
Cheguei a casa reconfortada. Tomei um banho e senti novamente a necessidade de me expressar. Sou melhor quando as palavras me cercam. Existe um alento maravilhoso nessa relação.
No caminho de volta, ouvi V. sussurrando aos meus ouvidos e isso foi como voltar ao lar depois de uma longa viagem.
Ainda não sei o que V. quer ao relatar-me suas incursões pessoais pelo universo literário que tanto me seduz. A única certeza que tenho é que ela alinhava os fios da minha vida.
Há muitos hábitos aos quais nos acostumamos. Fomos socializados de uma maneira tão violenta que até quando somos capazes de nos livrar dos costumes e nos apropriarmos da nossa liberdade criativa, nos sentimos subtraídos de algo.
Jung tenta explicar esse psquismo através dos símbolos, do mito, da religião. Ele afirma que somos capazes de chegar à individuação sem nos sentirmos em dívida com nossa “herança psíquica”.
Não, meu querido. Não acredito que amar seja um desses hábitos (embora muita gente consiga esse absurdo!). Amar é um exercício fecundo de criação e recriação. É preciso renovar-se para amar e ser amado.
Ontem, após reler tantas vezes tua ‘carta’, eu me permiti chorar, me permiti ser misérrima, me permiti a fraqueza, o cansaço. Nesse pranto, busquei o colo daquele que tanto amo, daquele que não usa minha fraqueza para mostrar-se forte.
Vítor, ontem conheci a face de Ágape. E isso, meu amigo, foi um encontro numinoso. Há quem viva toda existência e não passe por essa experiência libertadora/libertária.
Cheguei a casa reconfortada. Tomei um banho e senti novamente a necessidade de me expressar. Sou melhor quando as palavras me cercam. Existe um alento maravilhoso nessa relação.
No caminho de volta, ouvi V. sussurrando aos meus ouvidos e isso foi como voltar ao lar depois de uma longa viagem.
Ainda não sei o que V. quer ao relatar-me suas incursões pessoais pelo universo literário que tanto me seduz. A única certeza que tenho é que ela alinhava os fios da minha vida.
3 comentários:
Ei, Vítor, com uma colega de blog assim, fico cheio de inveja, um sentimento feio, mas que fazer? Vir aqui "ler-vos".
cheguei Lu, e ao ler-te a sensação que tenho é que a distância nada tem de físico... acabando este texto a sensação que me fica é a de um abraço apertado (mesmo a 8 mil km de distância)...
um beijo enorme...
carlos...talvez n seja inveja...tv seja apenas uma grande admiração por um ser humano realmente fantástico - a Lu... volte sempre, a casa é sua, sabe disso
um abraço
Minha Lu, ouve, mas ouve com todo o teu ser o que V. tem a dizer. Depois vive por ti e através da letra. Quanto a mim fico aqui, sentadinha na calçada, olhando pela janela colorida este diálogo tão amoroso teu e do Vítor.
Beijos carinhosos em vocês
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