quinta-feira, outubro 26, 2006

Teorias amorosas (8)

Ele quis ver com os próprios olhos. Há menos de um mês atrás, ela andava se arrastando pela casa, chorando as mágoas, sentindo a sua falta e agora, soube pelos amigos em comum que andava em grandes noitadas.
- E é assim que você me ama?
- ‘Alguém’ me ensinou a máxima: vai doer, mas depois passa. Passou.
- Tempo rápido o teu, hein?
- Não culpe o tempo. Ele não mitiga nada. Não é atenuante. Seu único mérito é deslocar o foco da nossa dor. E quer saber? Vá à merda.
- Que ridículo. Depois de velha, ficou obscena.
- Obsceno é o abandono. E velha é a tua mãe.

3 comentários:

Vítor Leal Barros disse...

eu topo o que me pediste para esta série.... temos que delinear bem isso

um beijo

Vítor Leal Barros disse...

lê o que escrevi no último confessionário, estão lá todos os comentários destes textos

Lu disse...

Sim, vamos conversando, mas imaginei que as fotos seriam a tua leitura muito particular... Pensei em um dia fazer uma exposição em conjunto, algo chamado "curta" em todas as acepções: Curta-metragem; brevidade; e prazer. De um lado teríamos as micronarrativas e do outro, as fotos e aí as pessoas dariam a ordem que bem lhes aprouver... que achas?
Li e reli zilhões de vezes e o farei ainda mais, como de costume... eu agradeço teu amor e na hora propícia responderei.
Um beijo.