quinta-feira, janeiro 26, 2006

relembrando

Ontem apareceu-me às mãos a Carta de Guadalajara, assinada em 85 pelo Barragan e o Urzúa. Dizia que a meta final da arquitectura é proporcionar bem-estar e felicidade ao homem, dizia que a arquitectura deveria ser humanista na sua essência (“Temos que resgatar para o habitat humano o equilíbrio essencial, a escala, a ordem, o amor, a poesia e essa comunicação* perdida pelo homem.”). À velocidade que as coisas se têm processado ultimamente, em que os experimentalismos formais sucedem-se em catadupa e as revistas da especialidade fazem o favor de nos bombardear com imagens apelativas a todo instante, faz-nos bem relembrar isto.
Há um mal geral na sociedade contemporânea, e não creio que seja apenas na arquitectura, uma espécie de preguiça em reflectir. Ninguém tem tempo para a reflexão, ou então encara-a como algo cansativo que pode arruinar num segundo o trabalho que se teve a engavetar determinados assuntos. É mais fácil varrer para debaixo do tapete. Próximo!

* referia-se à comunicação com a Natureza.

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