sábado, janeiro 21, 2006

Confessionário (4)

E de entre a delicadeza dos que batem as portas sem fazer barulho, e a violência de gestos dos que não se incomodam com o rangido dos ferros e das aldravas, eu não consigo escolher. Entre o estouro da bofetada e a incumbência do não dizer, é-me impossível medir a dor, eu não consigo escolher. Sei, somente, e disso tenho quase certeza, que o fantasma é filho bastardo do silêncio.

1 comentário:

Agripina Roxo disse...

os sonhos são os meus fantasmas :)

um beijo-sol *