segunda-feira, janeiro 23, 2006

sublinhado (9)

"- as minhas mãos envolviam-me o rosto e eu chorava e soluçava tudo o que havia para chorar e soluçar. Não sei quanto tempo estive assim, mas, enquanto as lágrimas jorravam de dentro de mim, eu sentia-me feliz e sabia que nunca me tinha sentido tão feliz por estar vivo. Era uma felicidade inconcolável, uma felicidade para além do infortúnio, para além de toda a fealdade e beleza do mundo. Por fim, as lágrimas abrandaram, e eu fui até ao quarto mudar de roupa. Dez minutos depois, estava de novo na rua, a caminho do hospital para ir ver Grace." (pág. 201)
A Noite do Oráculo (Asa), Paul Auster

2 comentários:

Lu disse...

Querido, estou morta de saudades. Quando chegar tenho tanto a dizer-te a ti e aos nossos amigos. Beijos.

Vítor Leal Barros disse...

ainda bem, volta logo